A Reprovação Unânime das Contas do Ex-Prefeito
A situação envolvendo as contas do ex-prefeito de União da Vitória, SantiN Rovedo, tem sido alvo de grande preocupação e debate nesta casa de leis. O que nos traz estranheza é que não foi a Câmara que convocou o ex-prefeito para se pronunciar na Tribuna, mas sim o próprio ex-prefeito que solicitou este espaço, talvez para tentar se explicar sobre a reprovação unânime de suas contas pelo Tribunal de Contas.
Essa reprovação unânime das contas do ex-prefeito causa-nos grande preocupação, pois sabemos que ele está tentando conseguir uma liminar na justiça para travar essas contas, o que nada mais é do que uma tentativa de ganhar tempo e postergar a sua votação nesta Casa. Isso nos leva a crer que o ex-prefeito está desesperado para evitar que suas contas sejam finalmente julgadas e condenadas pelos vereadores.
O Impacto da Lei dos 2% nos Servidores Públicos
Os servidores públicos de União da Vitória estão aqui hoje, preocupados com suas aposentadorias e o futuro de suas famílias. Eles não estão aqui por demagogia, mas sim porque foram diretamente prejudicados pela lei dos 2% criada pelo ex-prefeito e aprovada na legislatura passada (2017-2020) pela Câmara de Vereadores.
Essa lei, que foi julgada inconstitucional pelo Tribunal de Contas, impactou negativamente não apenas os servidores, mas toda a população de União da Vitória. Muitas vezes, a prefeitura não tem dinheiro para realizar obras básicas ou atender às necessidades mais urgentes da cidade, devido a essa dívida que chegou a 730 milhões de reais.
A Responsabilidade dos Vereadores
Cada um dos vereadores aqui presentes tem a responsabilidade de julgar essas contas de maneira justa e imparcial. Não podemos nos esconder atrás de argumentos sobre obras realizadas durante a gestão do ex-prefeito, pois essas obras foram, em sua maioria, intermediadas por deputados federais e estaduais.
A lei dos 2%, no entanto, foi uma iniciativa do próprio ex-prefeito, e é ele quem deve assumir a responsabilidade por essa decisão equivocada. Cabe a nós, vereadores, avaliarmos cuidadosamente os pareceres técnicos do Tribunal de Contas e tomarmos a decisão que melhor atenda aos interesses da população de União da Vitória.
A Importância da Justiça e da Transparência
Na próxima segunda-feira, dia 18, a votação das contas do ex-prefeito será a pauta única desta Casa. Não haverá votação de nenhum outro projeto, de acordo com o Regimento Interno, para que possamos nos dedicar integralmente a esse julgamento.
Convocamos novamente a presença dos servidores públicos. Eles não podem ficar reféns de uma situação que prejudica não apenas a eles, mas a toda a população de União da Vitória. É nosso dever, como vereadores, garantir a transparência e a legalidade desse processo, independentemente das tentativas do ex-prefeito de obter uma liminar para evitar a votação.
O Compromisso com a Cidade de União da Vitória
União da Vitória não pode continuar nessa situação de endividamento e prejuízo aos serviços públicos. Precisamos tomar as medidas necessárias para restabelecer a saúde financeira do município e garantir que os recursos públicos sejam aplicados de forma correta e eficiente.
Não podemos nos esquivar de nossas responsabilidades. Cada um de nós, vereadores, deve se posicionar de forma clara e transparente, acompanhando o parecer do Tribunal de Contas, que é favorável aos servidores públicos e contrário à lei inconstitucional dos 2%.
Estamos comprometidos em fazer justiça e garantir que a população de União da Vitória tenha acesso aos serviços públicos de qualidade que merece. Esse é o nosso dever como representantes eleitos desta Casa de Leis.